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TURISMO & HISTÓRIA

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Borborema Cangaço e o Beato Vicente

  • Foto do escritor: Thomas Bruno Oliveira
    Thomas Bruno Oliveira
  • 24 de set.
  • 3 min de leitura

Monteiro e sua Matriz de Nossa Senhora das Dores - TB
Monteiro e sua Matriz de Nossa Senhora das Dores - TB

DESCI AOS CARIRIS VELHOS, fui à velha Alagoa do Monteiro para, junto ao amigo Julierme do Nascimento, resolver questões a respeito do evento V Encontro do Borborema Cangaço que estamos organizando na cidade e ocorrerá no último fim de semana de setembro.


Logo cedo fizemos o percurso, vencemos mais de 150km, mas com a sorte de poder apreciar serras e montanhas, cidades, povoados, distritos, desde Logradouro, Lucas, Estreito, passando por Boa Vista, São João do Cariri, entrada de Serra Branca, Santa Luzia do Cariri (que teimam em denominar de Santa Luzia “dos grude”), a Sumé de Daniel Duarte, antiga Vila de São Thomé do Sucurú, com a marcante Serra do Sucurú cacheada por um conjunto de pedras que desafiam a gravidade e a observação de quem passa por ela. Às nove da manhã já estávamos na frente da Matriz Nossa Senhora das Dores e o termômetro já marcava 45 graus de temperatura, um calor que nos incendiavam na pele, mas agradava aos olhos. O sol brilhava e reluzia tudo abaixo do céu.


Eliane, Beato Vicente, Thomas Bruno, Nanido Cavalcante e Julierme do Nascimento - TB
Eliane, Beato Vicente, Thomas Bruno, Nanido Cavalcante e Julierme do Nascimento - TB

Fomos à Biblioteca Municipal, atual sede da Secretaria de Cultura e Turismo de Monteiro encontrar o operoso secretário Nanido Cavalcante, lá também encontramos a secretária adjunta Eliane e uma pessoa que eu queria muito conhecer, o Beato Vicente. A primeira vez que ouvi seu nome foi em uma postagem no Instagram que Julierme fez retratando uma visita a Monteiro, isso há meses. Esse nome ficou gravado em minha mente e como foi marcante, eu me perguntava: Beato? Minha mente viajou no tempo, lembrei de imediato do enigmático Beato Salú, personagem de grande importância na novela Roque Santeiro da Rede Globo, vivido na pele do ator Nelson Dantas. Esse Beato tangia romeiros para celebrar a religiosidade na terra do profeta, o Beato daqui, o Vicente, de Monteiro, tem o poder de tanger as pessoas pelos caminhos da história, valorizando o patrimônio histórico e cultural.


Com o Beato Vicente exibindo o folheto de cordel de Antônio Silvino de Marco di Aurélio - TB
Com o Beato Vicente exibindo o folheto de cordel de Antônio Silvino de Marco di Aurélio - TB

Beato Vicente é o atual diretor do Museu Histórico de Monteiro, é guia turístico, poeta, historiador e um benfeitor da cidade, foi apadrinhado pelo meu querido saudoso escritor Pedro Nunes Filho que, em vida, recomendou que Antônio Carlos (o nome verdadeiro do Beato) é um grande nome e profundo conhecedor da história de Monteiro e dos Cariris Velhos, assim, procedemos na valorização desse ilustre poeta.


Com o beato, conheci algumas coisas a respeito da cidade, ele me explicou a importância do Jansen Filho, o poeta do nordeste e do homem nordestino, também me falou sobre o escritor José Rafael de Menezes, autor de livros como ‘Poética’, ‘Homo nordestinus’, ‘Patriarcas da Alagoa de Monteiro’, ‘História e Estórias de Monteiro’. O Beato Vicente também me falou sobre uma curiosidade, disse ele: “Prof. Thomas, acho que Monteiro é a única cidade do país que teve dois ministros do STF, inclusive nasceram na mesma rua”. Os dois ministros são Djaci Falcão e Luiz Rafael Mayer, este último, inclusive, assinou a carta magna de 1988. “A Parahyba é terra de gente importante...” comentou. Falando em gente importante e em beato, conheci o Damião, sujeito errante Damião, natural de Patos, e tem uns trinta anos que ele vaga por cidades, contando com a caridade alheia e conhecendo os lugares. Monteiro é hoje sua morada.


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Fomos à Prefeitura para conversar com o vice-prefeito Cajó Menezes (sobrinho do escritor José Rafael de Menezes e filho do ex prefeito Jorge Rafael de Menezes), mas ele estava recebendo a comitiva de um deputado importante e ficamos de tratar depois. Não deixamos de falar com o Senhor Davi Sá, funcionário Municipal que sempre nos recebe de maneira gentil e cordial. Já no almoço, em um self-service nas proximidades da Igreja Matriz, a conversa se desenrolou, sobretudo sobre a política da Parahyba e encontramos a nossa querida Angélica Costa, poetisa anfitriã do evento e com toda sua simpatia abrilhantou o momento.


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Voltando para Campina, passamos no Restaurante Copo Fino em Serra Branca e abraçamos Neném e seu irmão Prof. Juca, que foi nos saudar. O V Borborema Cangaço em Monteiro será entre 26 e 28 de setembro, aos nossos leitores, todos convidados!


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Publicado na coluna 'Crônica em destaque' do Jornal A UNIÃO em 20 de setembro de 2025.

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O começo

Durante anos temos viajado por diversos lugares para o desempenho de pesquisas e também para o deleite do turismo de aventura. Como um observador do cotidiano, das potencialidades dos lugares e das pessoas, tenho escrito muitas dessas experiências de centros urbanos como também de suas serras, montanhas e rios. Isso ocasionou a inspiração de algumas pessoas na ajuda em dicas de viagem.
Em 2005, iniciamos uma série de crônicas e artigos no Jornal Diário da Borborema, em Campina Grande-PB e após anos, assino coluna nos jornais A União e no Contraponto. Com o compartilhamento das crônicas, amigos me encorajaram e finalmente decidi entrar nas redes.
Aqui estão minhas opiniões, paixões, meus pensamentos e questionamentos sobre os lugares e cotidiano. Fundei o Turismo & História com a missão de ser uma janela onde seja possível tocar as pessoas e mostrar um mundo que quase não se vê, num jornalismo literário que fuja do habitual. Aceita o desafio? Vamos lá!

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