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TURISMO & HISTÓRIA

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O DB é nosso!

Foto do escritor: Thomas Bruno OliveiraThomas Bruno Oliveira

Atualizado: 18 de fev.

Livros encadernados do DB - Biblioteca Atila Almeida
Livros encadernados do DB - Biblioteca Atila Almeida

HÁ EXATAMENTE TREZE ANOS (01 de janeiro de 2025) cerravam as portas os jornais Diário da Borborema e O Norte, ambos do grupo Diários Associados. Lembro da tristeza que tomou a redação do DB. A emoção expressa em olhares chorosos era comovente. Campina perdia o seu mais fiel contador de sua história diária desde 1957 e seus leitores ficaram órfãos daquela importante leitura. No dia seguinte, um boato ecoou no Calçadão, na Praça da Bandeira, no Sebo de Ronaldo, no Bar do Genival (em frente à redação), Livraria de Juarez e em outros habitués de intelectuais pela cidade. Protestos se iniciaram nas redes sociais dando conta de que o arquivo do DB iria para Brasília ou até ser destruído. O Acervo do DB é composto de 532 livros encadernados de jornais mês a mês, totalizando 17.873 exemplares publicados desde o dia 2 de outubro de 1957, importante fonte de pesquisa, sobretudo em uma cidade universitária.


A época narrei o acontecimento assim:


“Na tarde do dia 14 de fevereiro de 2012, recebi uma excelente notícia. O Senador Vital do Rêgo divulgou em seu site que, em reunião com o Diretor Geral dos Associados (o Sr. Guilherme Machado) recebeu a garantia de que o acervo do jornal Diário da Borborema e do jornal O Norte ficará na Paraíba: “Em nome da diretoria dos Associados, Guilherme tranquilizou a mim e aos paraibanos quanto à manutenção na PB dos arquivos de O Norte e do DB”
Início da sessão extraordinária do dia 08 de fevereiro de 2012 - TB
Início da sessão extraordinária do dia 08 de fevereiro de 2012 - TB
A permanência do Acervo do DB em Campina Grande é a garantia de que a cidade será vista sob várias óticas por acadêmicos de diversos cursos. É a certeza de que os futuros historiadores, jornalistas, sociólogos, geógrafos e etc terão uma excelente fonte de pesquisa e o prejuízo da ausência desse acervo na cidade seria de uma perda irreparável. Lembrando que o mesmo afirmo com relação ao Jornal O Norte, que revelou em suas páginas uma multifacetada história da Capital Parahybana.
A luta pela permanência desse acervo, segundo o jornalista Braulio Tavares, poderá ser vista pelos futuros pesquisadores como um gesto à altura de Assis Chateaubriand. Assim, com essa garantia, agradecemos a todos os amigos e amigas que (à sua maneira) utilizando os seus lugares sociais contribuíram para esta valorosa conquista.

Imagens da Sessão Extraordinária - TB

Ressalto o valor das redes sociais Twitter e Facebook, veículos que ao imediato término das atividades destes jornais, estampavam os anseios, as dúvidas e a vontade de uma sociedade que não desejava perder a sua história, já que havia rumores da transferência do arquivo para Brasília ou mesmo a sua destruição.
Agradeço, então, aos amigos que formaram comigo um grupo que conseguiu sensibilizar a Câmara de Vereadores de Campina Grande ao momento em que uma sessão extraordinária (no dia 08/02) acabou sendo realizada para discutir o assunto e uma Comissão Oficial foi formada com o objetivo de manter este valoroso arquivo em sua terra composta por Mário Vinícius Medeiros, Júnior Flôr, Bruno Cunha Lima, Raymundo Asfora Neto, Júlio César Oliveira, Marco Antônio Neto, Emmanuel de Sousa e eu, os Vereadores Antônio Pereira, João Dantas, Pimentel, Olímpio Oliveira e Ivonete Ludgério, da UEPB Rangel Júnior e a Reitora Marlene Alves. Também foi criada uma Petição Online por Gabriela Matos do Ó que tem sido alvo de muitas assinaturas.
Reunião da Comissão após a Sessão - TB
Reunião da Comissão após a Sessão - TB
Cabe neste momento à Comissão de Defesa da Permanência do Acervo do DB em Campina Grande, acompanhar os trâmites legais e os próximos passos a serem dados para que estes acervos possam estar à disposição dos pesquisadores e, sobretudo, bem guardados.
Particularmente, espero que o acervo possa ficar sob a guarda da UEPB – que já demonstrou interesse e enviou ofício para os D.A. – pois sei que possui estrutura suficiente para a guarda e digitalização e que abriga os cursos de Jornalismo, História, Arquivologia, etc.
Portanto, todos nós devemos nos orgulhar, bater no peito e dizer: “Eu participei desta interessante conquista da sociedade paraibana em prol de sua memória”, ato que repercutirá por toda nossa história. O DB é nosso!”

Hoje o acervo se encontra na Biblioteca Átila Almeida na UEPB higienizado, muito bem cuidado e disponível para a pesquisa*, a mesma sorte não teve o acervo d’O Norte, infelizmente.


*Logo após a publicação, nos chegou a informação que por conta de problemas no prédio das Pró-Reitorias, a pesquisa ao acervo está temporariamente suspensa.

No site da Biblioteca, há o seguinte aviso:

"Suspensão dos Atendimentos Presenciais: Infelizmente, ainda estamos fechados para atendimento ao público, sem uma previsão exata para o retorno, uma vez que a obra de nossa nova sede está paralisada no momento. Estamos acompanhando de perto a situação e assim que tivermos uma data definida para a reabertura faremos questão de divulgá-la em nosso site e também em nossa página no Instagram. Dessa forma, você poderá ficar atualizado sobre o reinício do atendimento presencial. Agradecemos pela compreensão e esperamos poder recebê-lo em breve em nossa biblioteca. Caso tenha alguma outra dúvida ou necessite de mais informações, não hesite em entrar em contato conosco".


Leia, curta, comente e compartilhe com quem você mais gosta!


Publicado na coluna 'Crônica em destaque' do Jornal A UNIÃO em 01 de fevereiro de 2025.

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O começo

Durante anos temos viajado por diversos lugares para o desempenho de pesquisas e também para o deleite do turismo de aventura. Como um observador do cotidiano, das potencialidades dos lugares e das pessoas, tenho escrito muitas dessas experiências de centros urbanos como também de suas serras, montanhas e rios. Isso ocasionou a inspiração de algumas pessoas na ajuda em dicas de viagem.
Em 2005, iniciamos uma série de crônicas e artigos no Jornal Diário da Borborema, em Campina Grande-PB e após anos, assino coluna nos jornais A União e no Contraponto. Com o compartilhamento das crônicas, amigos me encorajaram e finalmente decidi entrar nas redes.
Aqui estão minhas opiniões, paixões, meus pensamentos e questionamentos sobre os lugares e cotidiano. Fundei o Turismo & História com a missão de ser uma janela onde seja possível tocar as pessoas e mostrar um mundo que quase não se vê, num jornalismo literário que fuja do habitual. Aceita o desafio? Vamos lá!

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